domingo, 16 de setembro de 2007

Parque de energia de ondas a 3 de Outubro de 2007

Pois é carissímos, finalmente o tão desejado primeiro parque de ondas de Portugal, vai ter a sua inaguração já no próximo dia 3 de Outubro. E mais me agrada que o mesmo é numa praia que muito me diz - A AGUÇADOURA. Aliás esta é uma praia que é muito procurada pelos surfistas do Grande Porto, Viana do Castelo e Galiza, principalmente dos que gostam de ondas grandes. É uma praia que funciona num Beach Break muito bem definido, e que no inverno recebe das ondas mais perfeitas e com tamanho que o norte do país tem.



Mas falando do que este bloque se dedica mais, a energia na forma sustentável e sustentada, este projecto é um investimento de 8,5 milhões de euros e tem uma capacidade para produzir 6 gigawatts/hora (GWh) por ano de electricidade, tem sido desenvolvido pela portuguesa Enersis e pela escocesa Ocean Power Delivery (OPD).



Segundo António Sá da Costa, administrador da Enersis, as três máquinas de tecnologia Pelamis encontram-se na água «há meses, estando agora a proceder-se aos ensaios e afinações finais».
«Estamos a fazer tudo para que seja inaugurado a 3 de Outubro e até lá já deverá estar a produzir electricidade para a rede», afirmou.
O parque, pioneiro a nível mundial, vai ser instalado ao largo de Aguçadoura, na Póvoa do Varzim, e terá uma capacidade instalada para abastecer de electricidade sete mil pessoas.
Cada máquina Pelamis tem 150 metros de comprimento e 3,5 metros de diâmetro e será colocada no mar (offshore) tendo cabos marítimos que permitem fazer a ligação à rede.
A tecnologia Pelamis que vai ser instalada ao largo na Póvoa do Varzim foi desenvolvida pelos escoceses da Ocean Power Delivery e constitui-se por uma série de tubos cilíndricos que oscilam entre si acompanhando o movimento das ondas.
Entre cada tubo existe uma unidade com um sistema hidráulico que acciona um gerador eléctrico capaz de produzir electricidade.
O projecto foi financiado maioritariamente por capitais próprios, tendo obtido um apoio de 1,25 milhões de euros do programa de incentivo à modernização da economia (PRIME).
Portugal tem um potencial energético correspondente a 250 quilómetros da costa ocidental portuguesa, onde poderão ser instalados cerca de 5 gigawatts (GW) de potência, com um mercado associado de 5 mil milhões de euros.











Já pensaram os custos evitados com este projecto, quer com a diminuição das emissões atmosféricas provenientes de combustíveis fósseis (mercado de carbono), com a diminuição da intensidade energética, segurança energética, etc... E relativamente aos postos de trabalho locais? Deixem-me partilhar com vocês o que o Eng.º Rui Barros disse numa palestra de um seminário do meu mestrado, que é o facto da comunidade piscatória da Aguçadoura ter-se envolvido de tal forma neste projecto, sendo que de madrugada e manhã vão pescar e que da parte da tarde dedicam-se a pequenos trabalhos de manutenção nas Pelamis. Lindo!!!!