
Alguns dados (Fonte-Time, 14 Abr 2008):
- O enchimento de um depósito de um SUV com etanol, equivale a alimentar uma pessoa num ano;
- A Indonésia destruiu e queimou tanta floresta este último ano para permitir o crescimento de árvores de palma para produção de biodiesel, que no ranking mundial de emissões de CO2, passou de 21º para 3º lugar;
- Os carros emitem carbono, independente do tipo de fuel que queimam.
- Os biofuels não são parte da solução, mas sim fazem parte do problema
Na produção do bioetanol pode dizer-se que há um problema ético e moral.
Os mais fundamentalistas podem contrariar o que penso, mas é como admitir cada vez mais imigrantes clandestinos em Portugal (vide capa do expresso de 19/Abr/2008) e o desemprego a aumentar. Portanto as metas para os biocombustíveis na Europa devem ser revistos (definido em 10% em 2020).
É errado afirmar que a transformação de cereais em energia promove a independência energética e ajuda a limitar o aquecimento global (a produção de um litro de etanol de milho utiliza mais energia do que aquela que esse mesmo litro contém). As políticas do biofuel, e o meu amigo Ferreira de Oliveira me perdoe a sinceridade, aceleram o passo das mudanças climáticas, ao promoverem a desflorestação, e por outro lado, a terra utilizada para produzir os cereais destinados a biocombustíveis é terra não disponível para produzir cereais para alimentação.
Portanto, a solução passa numa gestão não de Top Down mas sim de Bottom Up (a solução passa pela procura e não pela oferta). O importante é a procura, e isto é como a lei de mercado, havendo menos procura baixam os preços, baixam as emissões, baixam as produções e ai sim, as EMPRESAS DO RAMO, começam a preocuparem-se mais com outras fontes de energia e com a eficiência energértica, e não no Bussiness As Usual.
Tenho dito.